quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Anos 70, o Rock moderno

Em 1970 o rock, assim como os roqueiros da primeira geração, já haviam atingido sua maioridade e a inocência dos primeiros tempos era apenas passado. As grandes bandas em sua maioria estavam cercadas dos melhores equipamentos de estúdio e mesmo orquestras.

O fim dos Beatles foi emblemático do fim de mais uma era no rock. Haviam sido talvez a banda que mais ajudara na transição entre o rock básico de letras simples dos primeiros tempos ao rock mais complexo e sério musicalmente e liricamente. Não mais apenas diversão e produto de consumo o rock era definitivamente encarado como expressão artística e social.

O publico de rock se dividia em duas frentes, a dos adolescentes mais interessados nos hits singles de bandas teoricamente "descartáveis" e a dos já amadurecidos rockers dos primeiros tempos, em busca de experimentação, letras elaboradas, álbuns completos.

O rock progressivo começava a se apresentar ao grande público e Greg Lake formou a banda Emerson, Lake & Palmer, cativando um público cada vez mais sério.

Embora o rock progressivo continuasse em expansão, bandas de musicalidade mais simples e muito baseadas no apelo fácil da rebeldia voltavam a surgir para suprir a nova geração, principalmente nos Estados Unidos.

A imagem (maquiagem, cabelos, roupas exageradas e coloridas) de músicos como Marc Bolan, do T Rex, iniciavam a definição do estilo Glam Rock (que aproveitavam a imagem exdrúxula e em muitos casos andrógina como fator de marketing).

Na Inglaterra, em 1970, sem requintes musicais, o Black Sabbath gravava seu primeiro disco (conta a lenda que em apenas dois dias), auto entitulado, expandindo as fronteiras do "peso" no hard rock e criando o que possivelmente poderia ser o primeiro disco definitivamente heavy metal conhecido do grande público.

Munido de maquiagem e teatralidade inéditos até então Alice Cooper seria a resposta americana ao inédito peso e atitude do Black Sabbath. Surge para o público em 1971 com o hit Eighteen e o álbum Love It To Death.

A cristalização do uso da imagem, do teatro e da "atitude" como fator de marketing tão ou mais importante do que a própria música seria a banda americana Kiss

Em 1975, paralelamente ao rock elaborado das bandas progressivas ou de hard rock e ao rock comercial glam, surgia nos pequenos bares e casas de show dos Estados Unidos um movimento musical underground marcado por descompromisso e cheio da autenticidade e da real rebeldia que faltava a estes primeiros. Em pequenos locais (como o emblemático CBGB em New York) bandas como Blondie e Ramones. O estilo era marcado pelo "do-it-yourself", a possibilidade de qualquer um (mesmo que não sabendo tocar) montar uma banda.

Malcon McLaren, até então dono de uma loja de roupas de couro (de certa forma uma sex shop) em Londres, tentou tirar proveito do novo estilo como algo comercial. McLaren, que estava nos Estados Unidos, voltou a Londres com a finalidade de montar ele próprio uma banda usando o padrão que havia conhecido nos Estados Unidos. Entre clientes de sua loja recrutou quem tivesse os parcos conhecimentos musicais necessários para formar a banda Sex Pistols. Acrescentaram à música simples e alucinada dos punks americanos letras anarquistas e mais agressivas.

O punk criado nos Estados Unidos e popularizado na Inglaterra (onde logo viria a se tornar um movimento social do proletariado e não mais apenas um estilo musical) foi uma resposta necessária ao rock que estava se levando a sério demais, aos álbuns duplos conceituais, aos solos de dez minutos e às bandas que perdiam de vista o caráter de diversão do rock. O punk embora considerado por muitos anti-música foi na pior das hipóteses um mal necessário para mostrar e conter alguns exageros do progressivismo.

Em 1977 o primeiro disco dos Sex Pistols, Nevermind The Bollocks entraria direto no primeiro lugar da parada britânica. Aos Sex Pistols se seguiriam dezenas de bandas inglesas e americanas como Clash, Damned, Siouxie and The Banshees, além de serem resgatadas e tiradas do anonimato bandas como Ramones e Blondie.

O estilo também influiria embora indiretamente na sonoridade de novas bandas que surgiam, como Motörhead e AC/DC. O punk também absorveria elementos de outros estilos. Bandas como The Police, Simple Minds e Pretenders adotariam um estilo que viria a ser conhecido como new wave, mais facilmente aceitável que o punk (cuja fórmula inicial já não surtia tanto efeito comercialmente).

Mas o punk e a new wave não eram a única alternativa à onda "disco" que assolava a música. Começava a se formar na Inglaterra com bandas como Judas Priest, Samsom e principalmente Iron Maiden o que viria a ser conhecido como New Wave Of British Heavy Metal, a resposta do som pesado e elaborado à sonoridade simples do punk. O hard rock também dava sinais de renovação com o primeiro álbum auto-entitulado da banda Van Halen em 1978.

O rock nunca mais seria o mesmo após a onda punk.


Pode-se dizer que durante os anos 70 o rock passou por completas mudanças, tornando-o melhor do que nunca e favorecendo muitos a começar, logo que não era preciso saber tocar para fazer uma banda e tirar lucro disso.

O punk veio transformar a mente das pessoas que, "cobravam" de mais, com uma simples idéia, "divirtam-se". Tal idéia deveria ser usada hoje.

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Terceira Fase do Modernismo (1945 até 1960)

Surgiu com o final da Segunda Guerra Mundial e da Dita
Voltou-se, na poesia, a buscar formas estéticas, ao estilo do Parnasiansmo.
Nesta terceira fase, a prosa dá seqüência às três tendências observadas na Segunda Fase - Prosa Urbana, Prosa Intimista e Prosa Regionalista, com uma certa renovação formal. Temos a permanência de alguns poetas da Segunda Fase, os quais se encontram em constante renovação e também, a criação de uma grupo de escritores, que buscam uma poesia mais equilibrada e séria.
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Autores Principais:
Guimarões Rosa - Mineiro, formou-se em Medicina e clinicou pelo interior.

A obra de Guimarões Rosa é extremamente inovadora e original. Seu livro, Sagarana , vem colocar uma espécie de marco divisor na literatura moderna do Brasil.


Obras
: Sagarana (1946), Corpo de Baile , Grande Sertão: Veredas (1956), Primeiras Estórias (1962), Tutaméia - Terceiras Estórias (1967): Estas Estórias (1969), Ave, Palavra (1970).

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Clarice Lispector
Ucraniana, veio com meses para o Brasil. Tem por formação Direito. Em 1944 forma-se e publica o livro que escreveu durante o curso, Perto do Coração Selvagem.

Principal nome da poesia intimista da moderna literatura brasileira, questionamento do ser, “estar-no-mundo”, a pesquisa do ser humano, resultando no romance introspectivo.

Características de sua producão literária:

-> Sondagem dos mecanismos mais profundos da mente humana;

-> Técnica “impressionista” de apreensão dessa realidade interior;

-> Ruptura com a seqüência linear da narrativa;

-> Predomínio do tempo psicológico;

-> Características físicas das personagens diluem-se: muitas nem nome apresentam;

-> As ações passam a ter importância secundária, servindo principalmente como ilustração de características psicológicas das personagens (introspecção psicológica);

-> Introdução da técnica do fluxo da consciência - quebra os limites espaço-temporais e o conceito de verossimilhança, fundindo presente e passado, realidade e desejo na mente dos personagens, cruzando vários eixos e planos narrativos sem ordem ou lógica aparente;

-> Presença da epifania (“revelação”);

-> Suas principais personagens são mulheres, mas não se limitam ao espaço do ambiente familiar, Clarice visa a atingir valores essenciais humanos e universais tais como a falsidade das relações humanas, o jogo das aparências, o esvaziamento do mundo familiar, as carências afetivas e as inseguranças delas decorrentes, a alienação, a condição da mulher, a coexistência dos contrastes, das ambigüidades, das contradições do ser, num processo meio “barroco”;

-> Fusão de prosa e poesia;

-> Uso de metalinguagem - “Algumas pessoas cosem para fora; eu coso para dentro”;

Obras:

Romances : Perto do Coração Selvagem (1944); O Lustre (1946); A Cidade Sitiada (1949); A Maçã no Escuro (1961); A Paixão segundo G. H. (1964); Uma Aprendizagem ou Livro dos Prazeres (1969); Água Viva (1973); A Hora da Estrela (1977);

Contos : Alguns Contos (1952); Laços de Família (1960); A Legião Estrangeira (1964); Felicidade Clandestina (1971), Imitação da Rosa (1973), A Via - Crucis do Corpo (1974); A Bela e a Fera (1979);

Entrevista: De Corpo Inteiro;

Literatura infantil: Mistério do Coelhinho Pensante (1967); A Mulher que Matou os Peixes (1969); A Vida Íntima de Laura (1974), Quase de Verdade.

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quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Toni Brandão<>

Toni Brandão é autor multimídia, com projetos para literatura, teatro, televisão, cinema, Internet, cd e Cd-rom. Na literatura, o principal foco de seu trabalho, Toni consegue agregar a seus projetos entretenimento e diversão de boa qualidade atraindo cada vez mais um número maior de fiéis leitores.
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Seus livros discutem, de maneira clara, bem humorada e informativa, temas próprios para os leitores pré-adolescentes e jovens.
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Em seus 15 anos de trabalho, Toni Brandão já lançou 20 livros, ultrapassando a casa dos 700 mil exemplares vendidos. Cinco de seus livros já foram adaptados para montagens teatrais e alguns lhe renderam importantes prêmios como APCA, Mambembe e Coca-Cola. Ainda, foi, um dos roteiristas responsáveis pela nova adaptação para a Rede Globo do Sítio do Pica-Pau Amarelo, de Monteiro Lobato.